O choro incontido de Carla Sabrina Langsch, 29 anos, confundia-se com o desespero, de ver praticamente todo teto da residência destruído, e de alívio, por a filha Yasmin Victória Longsch, de um ano e sete meses, ter escapado ilesa. Ela é moradora de uma casa na Rua Principal 2, no Alto da Boa Vista, no Bairro Nova Santa Marta. O local, segundo levantamento feito até o momento pela prefeitura, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil, foi o mais atingido pela tempestade que deixou em pânico centenas de santa-marienses.
– Parecia um tornado. Era umas 2h30min. Só ouvia o forro levantando e virando tudo. Só me joguei em cima da minha filha e rezei até aquilo passar. Ela chorava, com muito medo. Depois sai gritando por socorro para os vizinhos. – relata Carla.
Sem luz, postos de saúde atendem apenas emergências
Por volta das 9h deste quinta-feira, ela e a mãe tentavam organizar os móveis revirados e a devastação deixada pelo vendaval, enquanto a filha estava abrigada na casa de uma vizinha. Lonas substituíam os espaços vazios do teto arrancados pela tempestade
Segundo Éder Pompeo, líder comunitário do bairro, cerca de 150 famílias já procuram por ajuda. Um ponto de distribuição de lonas foi montado no ginásio do Colégio Marista da Nova Santa Marta. A região está sem energia elétrica, internet e com sinal oscilante de telefonia. Moradores do bairro podem tentar contato por meio do número (55) 99173-1362.
De acordo com a prefeitura de Santa Maria, até o meio-dia, cerca de 700 famílias foram atendidas e 16 mil metros de lonas distribuídos. Quem necessitar de ajuda também pode procurar a sede dos bombeiros, na Rua Coronel Niederauer, e o ginásio da Escola Marista Santa Marta.
Em caso de urgência
Corpo de Bombeiros – 193
Central da Guarda Municipal – 153